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quinta-feira, 23 de junho de 2011

"Grandes frases" ditas por jogadores de futebol...





Olá, pessoas lindas ....


Aproveitem seu feriado ...


Para descontrair ... 




'Chegarei de surpresa dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da VARIG.' (Mengálvio, ex-meia do Santos, em telegrama à família quando em excursão à Europa) 

'Tanto na minha vida futebolística quanto com a minha vida ser humana.'
 
(Nunes, ex-atacante do Flamengo, em uma entrevista antes do jogo de despedida do Zico)
 

'Que interessante, aqui no Japão só tem carro importado.'
 
(Jardel, ex-atacante do Grêmio)
 

'As pessoas querem que o Brasil vença e ganhe.'
 
(Dunga, em entrevista ao programa Terceiro Tempo)
 

'Eu, o Paulo Nunes e o Dinho vamos fazer uma dupla sertaneja.'
 
(Jardel, ex-atacante do Grêmio) 


'O novo apelido do Aloísio é CB, Sangue Bom.'
 
(Souza, meio-campo do São Paulo, em uma entrevista ao Jogo Duro)
 

'A partir de agora o meu coração só tem uma cor: vermelho e preto.'
 
(Jogador Fabão, assim que chegou no Flamengo)
 

'Eu peguei a bola no meio de campo e fui fondo, fui fondo, fui fondo e chutei pro gol.' 

(Jardel, ex- jogador do  Grêmio, ao relatar ao repórter o gol que tinha feito)
 

'A bola ia indo, indo, indo... e iu!' 

(Nunes, jogador do Flamengo da década de 80)
 

'Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu.' 

(Claudiomiro, ex-meia do Inter de Porto Alegre, ao chegar em Belém do Pará para disputar uma partida contra o Paysandu, pelo Brasileirão de 72) 


'Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola.' 

(Bradock, amigo de Romário, reclamando de um passe longo)
 

'No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente de 15 em 15 dias.' 

(Ferreira, ex-ponta esquerda do Santos)
 

'Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe.' 

(Jardel, ex-atacante do  Grêmio e da Seleção)
 

'O meu clube estava a beira do precipício, mas tomou a decisão correta, deu um passo a frente...' 

(João Pinto, jogador do Benfica de Portugal)
 

'Na Bahia é todo mundo muito simpático. É um povo muito hospitalar.' 

(Zanata, baiano, ex-lateral do Fluminense, ao comentar sobre a hospitalidade do povo baiano)
 

'Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático e gramático.'
 
(Vicente Matheus, eterno presidente do Corinthians)
 

'O difícil, como vocês sabem, não é fácil.' 

(Vicente Matheus)
 

'Haja o que hajar, o Corinthians vai ser campeão.' 

(Vicente Matheus)
 

'O Sócrates é invendável, inegociável e imprestável.' 

(Vicente Matheus, ao recusar a oferta dos
franceses).

AGORA SENTA E CHORA.....COMPARE O SALÁRIO DELES COM O SEU.....


Tenham um ótimo feriado...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Documentário Fernando Pessoa.







Modernismo em Portugal - Fernando Pessoal



Olá vamos retomar nossos estudos sobre Fernando Pessoa

http://www.slideshare.net/letrasoliveira/literatura-aula-22-modernismo-no-brasil




Agora responda :

1- Quem foi  o principal representante do Modernismo em Portugal?

2- Diferencie : Ortônimo, hetêronimo, psêudonimo?

3- Comente sobre os hetêronimo de Fernando Pessoal? Suas características, onde nasceu, o que fazia?

Deixe a sua resposta no comentário.

Semana de Arte Moderna - Modernismo No Brasil

Oiiii gente,


Estamos caminhando para finalizar mais um bimestre...
Sei que já estamos um pouquinho cansados ...
Mas, não é hora de parar...
Poste seu coméntarios...eles serão muito importantes...

Acesse o link para retonar ao nossos estudos sobre a Semana de Arte Moderna.

http://www.slideshare.net/letrasoliveira/literatura-aula-22-modernismo-no-brasil




Semana de Arte Moderna - Modernismo No Brasil

Oiiii gente,


Estamos caminhando para finalizar mais um bimestre...
Sei que já estamos um pouquinho cansados ...
Mas, não é hora de parar...
Poste seu coméntarios...eles serão muito importantes...

Acesse o link para retonar ao nossos estudos sobre a Semana de Arte Moderna.

http://www.slideshare.net/letrasoliveira/literatura-aula-22-modernismo-no-brasil




PRÉ-MODERNISMO


Créditos-PROFª Edna Prado

PRÉ-MODERNISMO

I – CARACTERÍSTICAS

O Pré-Modernismo é um movimento literário tipicamente
brasileiro. Convencionou-se chamar de Pré-Modernismo o período
anterior à Semana de Arte Moderna de 1922.
Didaticamente, esse movimento literário tem início em 1902 com a publicação do livro Os Sertões, de Euclides da Cunha e com a publicação do livro Canaã de Graça Aranha. O Pré-Modernismo é um
período de transição, pois ao mesmo tempo em que encontrávamos
produções conservadoras como as poesias parnasianas e simbolistas,
encontrávamos as primeiras produções de caráter mais moderno,
preocupadas com a realidade brasileira da época.
Veja as principais características do Pré-Modernismo brasileiro:

* Ruptura com o passado
* Denúncia da realidade
*Regionalismo
* Tipos humanos marginalizados

Ruptura com o passado = As novas produções rompem com o
academismo e com os modelos preestabelecidos pelas antigas estéticas.

Denúncia da realidade = A realidade não oficial passa a ser a
temática do período.

Regionalismo = São retratados o sertão nordestino, o interior
paulista, os subúrbios cariocas, entre outras regiões brasileiras.

Tipos humanos marginalizados = Nas obras desse período,
encontram-se retratadas muitas figuras marginalizadas pela elite, como
o sertanejo nordestino, o caipira, o mulato, entre outros tipos.
Veja os principais autores do Pré-Modernismo brasileiro:

• Euclides da Cunha
• Lima Barreto
• Monteiro Lobato
• Graça Aranha
• Augusto dos Anjos *

Euclides da Cunha = retratou a miséria do subdesenvolvido nordeste do país.

Lima Barreto = retratou a vida carioca urbana e suburbana do início do século XX.

Monteiro Lobato = retratou a miséria dos moradores do interior do sudeste e a decadência da economia cafeeira.
Graça Aranha = retratou a imigração alemã no Espírito Santo.
Augusto dos Anjos * = apresenta uma classificação problemática, não podendo ser apenas estudado como um autor prémodernista.
Sua obra apresenta elementos de várias estéticas. Mas para fins didáticos costuma-se estudá-lo como pré-modernista.

Euclides da Cunha era engenheiro, mas se destacou no cenário brasileiro do
começo do século XX como escritor.
Euclides da Cunha também era jornalista e foi mandado a Canudos, na Bahia como correspondente do jornal “O Estado de São Paulo”, com a tarefa de registrar as operações do exército na revolta baiana.

Essa imagem retrata a grande quantidade de prisioneiros refugiados. A Guerra de Canudos será o tema principal de seu livro mais famoso: Os Sertões.
O Livro Os Sertões é um livro que se localiza entre a sociologia e a
literatura, tamanha a riqueza de detalhes e a preocupação em retratar a
realidade da maneira em que ela se apresentava.
Os Sertões é uma das primeiras obras a romper com a visão romântica do Brasil enquanto terra paradisíaca. Nesse livro, Euclides da Cunha construiu uma espécie de narrativa negativa de um povo
massacrado pela miséria e pela injustiça social. Segundo o autor, a realidade da guerra era muito diferente da que o governo dizia.
Aparentemente o motivo desencadeador da revolta foi o fanatismo religioso e o cangaço, mas na realidade os profundos motivos foram o sistema latifundiário, a servidão e o abandono social da região.
O livro está dividido em três partes: na primeira, Euclides descreve a terra, o cenário em que se desenvolverá o enredo; no segundo, o autor faz uma descrição do homem, explicando a origem dos jagunços e cangaceiros. Destaca-se nesse  momento a descrição do líder do movimento, Antônio Conselheiro. Na terceira parte, encontra-se a grande talvez a maior riqueza do livro, nela Euclides da Cunha apresenta o conflito em si. Somente depois de várias expedições é que os revoltados são vencidos. Dos mais de 20 mil brasileiros em Canudos, restaram apenas 4: um velho, dois homens feitos e uma criança na frente de um exército de 5 mil homens.

Veja a imagem de outro importante autor pré-modernista:

Lima Barreto teve uma vida muito atribulada, principalmente por ser pobre e negro, numa época marcada por várias formas de preconceito. Ao contrário de
Machado de Assis, que alcançou a notoriedade ainda em vida, Lima Barreto sofreu muito com o preconceito racial, com o alcoolismo e com as freqüentes crises depressivas.
Lima Barreto, sentindo as dores do preconceito e da pobreza,
mostrou grande identificação com as pessoas marginalizadas da sociedade da época, com as quais sempre conviveu. Sua obra é uma literatura sobre o povo e para o povo, seus textos apresentam uma
linguagem simples e direta, assemelhando-se à linguagem  jornalística, panfletária. O que lhe causou muitas críticas.
Lima Barreto soube como nenhum outro pré-modernista retratar
com muito realismo a vida dos subúrbios cariocas e as desigualdades
sociais do Rio de janeiro do início do século XX, uma época de grande
desenvolvimento e transformações.
Entre seus livros mais conhecidos está Triste Fim de Policarpo
Quaresma. Nesse romance narrado em terceira pessoa, através de
uma forte carga humorística, Lima Barreto conta a história do Major
Policarpo Quaresma. O livro é uma caricatura da vida política brasileira
no período posterior à proclamação da República.
Policarpo Quaresma é um fanático, uma espécie de Dom Quixote brasileiro. Possuidor de um nacionalismo extremo, Quaresma tenta evitar a todo custo a influência da cultura européia na cultura brasileira.

Entre suas várias tentativas de preservar a cultura nacional o
major chega a escrever uma carta ao Congresso Nacional. Veja com que
objetivo:
“Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo
de que a língua portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também de
que, por este fato, o falar e o escrever em geral, sobretudo no campo
das letras, se vêem na humilhante contingência de sofrer continuamente
censuras ásperas dos proprietários do língua; sabendo, além, que,
dentro de nosso país, os escritores, com especialidade os gramáticos,
não se entendem no tocante à correção gramatical, vendo-se,
diariamente, surgir azedas polêmicas entre os mais profundos
estudiosos do nosso idioma, usando o direito que lhe confere a
Constituição, vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupiguarani
como língua oficial e nacional do povo brasileiro”.
Depois de muita confusão Quaresma é internado como louco. Ao
sair do hospício seu nacionalismo parece ter diminuído um pouco, mas
se lança em outra batalha, desejava reformar a agricultura do país.
Veja outro conhecido autor do pré-modernismo brasileiro:
Monteiro Lobato foi uma figura muito polêmica, ao contrário da impressão
que a maioria das pessoas tem hoje a seu respeito. Hoje, falar em Lobato é lembrar do
escritor de livros infantis e criador do Sítio do Pica-pau Amarelo, mas sua produção
não se limita a esse gênero.
Monteiro Lobato foi um escritor que retratou como ninguém o
atraso das regiões interioranas de São Paulo. Ele foi o criador de um dos
símbolos do atraso e da ignorância do caipira. Ele é o criador da figura
do Jeca Tatu.
Lobato tinha um gênio muito forte, desde criança mostro-se
rebelde. Foi um dos primeiros a dizer que havia petróleo em terras
brasileiras, chegando a ser preso por isso, durante o período da ditadura
militar. Seu jeito explosivo foi responsável por um dos motivadores do
movimento modernista. Monteiro Lobato, num artigo intitulado
“Paranóia ou mistificação?”, faz duras críticas ao trabalho modernista da
pintora Anita Malfatti.
Veja o tom de suas palavras:
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem
normalmente as coisas e em conseqüência fazem arte pura, guardados
os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das
emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres (...)
A outra espécie é formada dos que vêem anormalmente a
natureza e a interpretam à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão
estrábica excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os
períodos de decadência; são frutos de fim de estação, bichados ao
nascedoiro (...) Embora eles se dêem como novos precursores duma
arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica:
nasceu com a paranóia e com a mistificação (...) Sejamos sinceros;
futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros
tantos ramos da arte caricatural (...)”
Graça Aranha é o autor de Canaã, que juntamente com Os
Sertões, dá início ao Pré-Modernismo brasileiro. Nessa obra Graça
Aranha narra o processo de colonização alemã no Espírito Santo.
Augusto dos Anjos, como já foi visto, apresenta uma
classificação problemática. Ele era conhecido como o autor do
pessimismo, do mau gosto, do escarro e dos vermes.
Veja um de seus textos:
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme – este operário das ruínas –
Que o sangue podre das carnificinas
Come e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

 EXERCÍCIOS
1) (FUVEST) No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o
nacionalismo exaltado e delirante da personagem principal motiva seu
engajamento em três diferentes projetos, que objetivam “reformar”o
país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos seguintes setores da vida nacional:
a) escolar, agrícola e militar;
b) lingüístico, industrial e militar;
c) cultural, agrícola e político;
d) lingüístico, político e militar;
e) cultural, industrial e político.
R: c
2) (Mackenzie) “Adotando o modelo determinista, segundo o qual o
meio determina o homem, a obra divide-se em três partes. Sua
publicação foi relevante para a época: primeiramente porque foi a
primeira obra brasileira a retratar um fato histórico contemporâneo com
o rigor interpretativo da Ciência; em segundo lugar, porque, colocandose
nitidamente a favor dos homens da região, o autor situa o fenômeno
como um problema social, decorrente do isolamento político do Nordeste
em relação ao resto do país”.
Assinale a alternativa em que aparece o nome da obra a que se refere o
texto acima:
a) Grande Sertão: Veredas
b) Os Sertões
c) Vidas Secas
d) Seara Vermelha
e) O sertanejo
R: c
3) (Juiz de Fora) Leia atentamente o fragmento de texto abaixo:
“E, bem pensando, mesmo na sua pureza, o que vinha a ser a
Pátria? Não teria levado toda a sua vida norteado por uma ilusão, por
uma idéia a menos, sem base, sem apoio, por um Deus ou uma Deusa
cujo império se esvaía?”
(BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. RJ: Ediouro, s/d, p.131)
No fragmento transcrito percebe-se:
a) o desdém de Policarpo Quaresma pela idéia de Pátria ou de nação;
b) a recusa de Policarpo em aderir à idéia de patriotismo ou defesa
do país;
c) a intransigência de Policarpo Quaresma em relação aos que
queriam vender a Pátria e os princípios;
d) a consciência de Policarpo a respeito do idealismo abstrato que
sempre o leva à ação;
e) a indecisão de Policarpo Quaresma diante da necessidade de servir
ao governo florianista.
R: d
4) (Juiz de Fora) O personagem Policarpo Quaresma, do romance de
que se transcreveu o trecho (questão anterior), é:
a) venal, sempre disposto a se vender a qualquer aceno;
b) quixotesco, buscando soluções ideais e abstratas para problemas
concretos;
c) desiludido, mantendo-se indiferente a todos os acontecimentos a
sua volta;
d) psicótico, levando ao extremo soluções sangrentas para qualquer
problema; preocupado apenas com seus livros, suas músicas e
suas danças;
e) apático.
R: b
5) (UNIP) A obra reúne uma série de artigos, iniciados com “Velha
Praga”, publicados em O Estado de S. Paulo em 14-11-1914. Nestes
artigos o autor insurge-se contra o extermínio das matas da Mantiqueira
pela ação nefasta das queimadas, retrógrada prática agrícola perpetrada
pela ignorância dos caboclos, analisa o primitivismo da vida dos caipiras
do Vale do Paraíba e critica a literatura romântica que cantou
liricamente esses marginais da civilização.
a) Contrastes e Confrontos (Euclides da Cunha);
b) Urupês (Monteiro Lobato);
c) Idéias de Jeca Tatu (Monteiro Lobato);
d) À Margem da História (Euclides da Cunha);
e) Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto).
R: b

VANGUARDA EUROPÉIA


– LITERATURA
Créditos: PROFª Edna Prado

VANGUARDA EUROPÉIA

I – OS VÁRIOS -ISMOS
As principais manifestações artísticas do início do século XX foram
fundamentais para o desenvolvimento do Modernismo literário.
Costuma-se chamar de Vanguarda Européia o conjunto de movimentos artísticos, não só na literatura, mas também na pintura e escultura, que apresentavam no início do século XX o comum desejo de renovação, de rompimento com as estéticas tradicionais. Vanguarda européia é rebeldia, é negação.
Veja quais foram esses movimentos:

* FUTURISMO

* EXPRESSIONISMO

* CUBISMO

* DADAÍSMO

* SURREALISMO

O início do século XX caracteriza-se como um período marcado por grandes e rápidas transformações tecnológicas. Literalmente rápidas.
Essa é era da eletricidade, do automóvel, do avião, ou seja, é o momento da velocidade, provocada pelo aperfeiçoamento das máquinas e pela crescente industrialização.
O Futurismo foi o primeiro movimento de vanguarda, chocando com sua rebeldia toda a população da época.
Veja uma imagem futurista:

                   

Nesse quadro, chamado O Dinamismo de um automóvel, de Luigi Russolo, encontramos uma característica marcante do Futurismo: a velocidade, o movimento e a força das máquinas representados nas fortes cores e traçados.
O principal representante do Futurismo foi o escritor italiano Marinetti, que, na literatura, pregava a destruição da sintaxe, o menosprezo pela pontuação. Para esse autor tudo deveria ser novo e
rápido, seu desejo era a exaltação da vida moderna e o rompimento total com o passado.
O Futurismo apresentou vários manifestos. Veja um fragmento do mais conhecido, escrito por Marinetti:
“Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à eternidade.
Os elementos essenciais de nossa poesia serão a coragem, a audácia e a revolta.
Tendo a literatura até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo ginástico, o salto mortal, a bofetada e o soco.
Nós declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida (...)
é mais belo que a Vitória de Samotrácia (...)
Nós queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destrutor dos anarquistas, as belas
idéias que matam, e o menosprezo à mulher.
Nós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias”.
Vitória de Samotrácia é o nome de uma famosa escultura grega que se encontra no Louvre, em Paris, considerada uma das obras de arte mais perfeita de todos os tempos (O Louvre é um dos museus mais
famosos do mundo).
O próximo movimento é de origem alemã e caracteriza-se pela expressão do mundo interior, pela expressão das imagens independentemente dos conceitos de beleza. O importante era a expressão, daí ser conhecido como Expressionismo.
Veja uma pintura expressionista:




Perceba a densidade expressionista dessa pintura. A imagem parece transformar-se na própria dor do homem que gritava.
As principais características desse movimento foram:

*Composições abstratas
*Subjetivismo
*Ilogismo

Composições abstratas = Assim como na pintura, os escritores expressionistas também gostavam de deformações abstratas do real.
Subjetivismo = O artista expressionista desejava a expressão violenta do subjetivo, das emoções, do mundo interior.
Ilogismo = Uma vez que tudo era expressão não havia a preocupação com a lógica do mundo exterior como nas estéticas anteriores.


 Lês Demoiselles d’Avignon Essa pintura de Pablo Picasso, de 1907, é considerada por muitos estudiosos o marco inicial do Cubismo e da arte moderna. Perceba que as formas são geometrizadas, com cores duras e chapadas. Picasso conseguiu romper com séculos de tradição artística.
Na pintura, as formas geométricas e os objetos vistos sob vários ângulos simultaneamente caracterizam o Cubismo.
Veja as características do Cubismo na literatura:
* Ilogismo
*Linguagem caótica
* Tempo presente
* Humor
Ilogismo = Os textos cubistas são marcados pela supressão da lógica formal. O pensamento não é racional, ele aparece entre o consciente e o inconsciente do escritor.


Linguagem caótica = Como não há uma lógica, as palavras são soltas, dispostas aparentemente de uma forma aleatória.
Tempo presente = Para o escritor cubista, ansioso por viver o seu tempo, o tempo presente, tudo passa a ser tema para poesia, como por exemplo: viagens, paisagens e visões exóticas.
Humor = Muito comum nos textos cubistas, provocado não só
pelas ironias, mas pela própria disposição gráfica das palavras.
Veja uma imagem do próximo movimento:



Perceba nesse quadro, chamado É o chapéu que faz o homem, 1920, de Max Ernst, a justaposição dos objetos, associados livremente. A liberdade artística foi uma grande característica do movimento chamado Dadaísmo.
O Dadaísmo é considerado por muitos, o mais radical de todos os movimentos da Vanguarda Européia. Ele era a negação de todos os valores culturais existentes há séculos. O dadaísmo é a estética do
absurdo, do incoerente, do ilógico, a começar pelo próprio nome.
Quando indagado sobre o significado da palavra dada, Tristan Tzara, o criador do Dadaísmo, afirma que dada não significava nada, que ele encontrou essa palavra ao acaso, abrindo um dicionário. Os dadaístas
estavam preocupados em ridicularizar, em negar tudo e todos.
Veja como escrever um poema dadaísta a partir de uma receita dada pelo próprio criador do movimento:

Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do
saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade
graciosa, ainda que incompreendido do público”.
Tristan Tzara




Nessa conhecida pintura de Salvador Dali, chamada A persistência da Memória,
encontramos relógios derretendo, numa espécie, de sonho, de sugestão sobre a
brevidade do tempo e da vida. Esse quadro é um dos símbolos do Surrealismo.
Os escritores surrealistas, influenciados pelos estudos de Freud, mostraram grande interesse pelo inconsciente humano e pelo sonho, considerado a expressão máxima da liberdade humana. Através do
sonho o homem estava livre de toda crítica, de toda censura e principalmente da lógica.
Veja um texto surrealista:

As realidades (fábula)

Era uma vez uma realidade
com suas ovelhas de lã real
a filha do rei passou por ali
E as ovelhas baliam que linda que está
a re a re a realidade.
Na noite era uma vez
uma realidade que sofria de insônia
Então chegava a madrinha fada
e realmente levava-a pela mão
a re a re a realidade.
No trono havia uma vez
um velho rei que se aborrecia
e pela noite perdia o seu manto
e por rainha puseram-lhe ao lado
a re a re a realidade.
CAUDA: dade dade a reali
Dade dade a realidade
A real a real
Idade idade dá a reali
Ali
A re a realidade
Era uma vez a REALIDADE.
Louis Aragon