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domingo, 29 de maio de 2011

Exagerado- Cazuza Um Trovador Moderno Atividade para o 1º e 2º Ano








  • Respondam considerando a letra da música de Cazuza "Exagerado".
  • Retirem todas as marcas que evidenciem o eu-lírico e em seguida caracterize-o.(1º Ano)
  • Destaquem as evidências existentes em "Exagerado" de uma cantiga de amor.( 1º Ano)
  • A qual geração Romântica a letras da música pertence? (2º Ano)

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ROMANTISMO

 Quem nunca sonhou em amar e ser amada.

 





Hum... mais que Romântico.



Não podemos negar que essas imagens são românticas.

Mais será que é desse romantismo que iremos tratar?


I - CONTEXTO HISTÓRICO



     
O tema da aula de hoje é a Estética Romântica, é o Romantismo
com letra maiúscula. E por que com letra maiúscula? Porque é
importante distinguirmos o movimento literário do sentimento, da
atitude espiritual, do modo de agir e pensar caracterizado pelo sonho e
pela atitude emotiva diante das coisas. Esse comportamento romântico
sempre existiu e vai existir – é atemporal. É neste sentido que falamos
de um filme ou de uma música romântica. É o romantismo com letra
minúscula.

O que nos interessa neste curso é Romantismo enquanto estética,
enquanto movimento literário.

O Romantismo teve início na Alemanha e na Inglaterra no final do
século XVIII, passando pela França, e aos poucos se espalhou por toda
Europa de onde se difundiu para a América. O Romantismo permanece
no cenário literário até por volta da primeira metade do século XIX,
quando apareceram as primeiras manifestações realistas.

O contexto histórico do período marcou-se pelas disputas de poder
e pelas revoluções, principalmente a Francesa, que consolidou a
transferência do absolutismo para o liberalismo, ou seja, o poder que
sempre esteve nas mãos da nobreza, da aristocracia é conquistado pela
burguesia, que contava com o apoio do povo. Todo este contexto vai se
refletir na produção literária romântica.

II – CARACTERÍSTICAS

A ascensão da burguesia, da chamada classe média, provoca uma
alteração, um deslocamento do público consumidor da literatura, que
até então era o nobre. No Romantismo quem lia era o burguês. A
literatura tornou-se mais popular, com um caráter mais nacional.
Surgem os primeiros folhetins, espécie de precursores das nossas
telenovelas. O leitor buscava na literatura uma forma de
entretenimento. O Romantismo é considerado, por excelência, o
movimento literário da burguesia.
A próxima imagem é considerada um dos símbolos do
Romantismo:

A liberdade guiando o povo, quadro de Delacroix.
“Liberdade, Igualdade e Fraternidade” tornam-se palavras de ordem na época,
quer no campo político, econômico ou social.
E como não podia deixar de ser, liberdade é a palavra de ordem
também no plano literário.
As principais características do Romantismo são:

* INDIVIDUALISMO

* EMOÇÃO

* ESCAPISMO

* LIBERDADE

Mas o que significa cada uma dessas características?
No individualismo/egocentrismo/egotismo = O “eu” é a
figura principal. Nunca em nenhum movimento a imposição do “eu” foi
tão forte. Temos um predomínio da primeira pessoa. Para o Romantismo
uma das questões centrais é aquilo que cada pessoa tem de particular,
de exclusivo.

Há um predomínio da emoção, do subjetivismo = Sendo o
indivíduo a figura principal, toda a produção se fundamenta na emoção,
na imaginação. Ao contrário da disciplina das escolas anteriores, o poeta
romântico é livre, livre para sentir e expressar seus sentimentos e
desejos. Só através da emoção o artista romântico consegue expressar
o seu interior, o seu eu.

Escapismo ou evasão = Mas nessa ânsia de sentir e de imaginar
o autor romântico se depara com a realidade, com uma realidade que
nem sempre é a desejada, o que lhe provoca atitudes diversas: ou a
atitude revolucionária, principalmente dos poetas da terceira geração,
dos quais falaremos nas próximas aulas, ou a frustração, a insatisfação
e o desejo de fuga. Vejamos um esquema que ilustra esse escapismo:

                     NATUREZA
ESCAPISMO    SONHO
                     MORTE

Esse escapismo se manifestou de formas diversas entre os
românticos: na natureza, vista como um refúgio, um lugar ainda não
corrompido; nos sonhos, substituindo as dores da vida real; na morte
vista como algo positivo e constantemente invocada. Há ainda outras
formas de fuga que a essas se unem: a vida boêmia, o culto da solidão,
o gosto pelo passado, por lugares exóticos e mórbidos. Veja o seguinte
fragmento em que o autor deseja a morte:

“Por isso, é morte, eu amo-te e não temo.
Por isso, é morte, eu quero-te comigo.
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.”
Junqueira Freire

A liberdade de criação = Os românticos abandonaram as formas
fixas dos modelos clássicos {ode, soneto, decassílabos, etc};
abandonaram as rimas e valorizaram o verso branco, ou seja, o verso
não rimado; promoveram uma mistura de gêneros; enriqueceram a
língua incorporando neologismos (palavras novas) e aproximando a
linguagem literária da coloquial. Veja o que diz um romântico sobre a
idéia da liberdade de criação:

“Quanto à forma ... nenhuma ordem seguimos; exprimindo as
idéias como elas se apresentam, para não destruir o acento da
inspiração ...”
Gonçalves de Magalhães
Para o autor romântico o importante era a expressão dos seus
sentimentos, do seu mundo interior, independentemente de qualquer
forma preestabelecida. Todas essas características se refletem em
vários temas. Veja os principais:

* NACIONALISMO

* RELIGIOSIDADE
                          
                             DO AMOR
* IDEALIZAÇÃO
                            DA MULHER

No nacionalismo = Ocorre a valorização da pátria, dos heróis
nacionais e do passado histórico. No caso de Portugal, retomam-se os
mitos dos grandes cavaleiros e heróis medievais. No Brasil, como
não tivemos Idade Média, nos moldes do colonizador, cria-se o “mito
do bom selvagem”. O índio aparece idealizado nos textos românticos,
é sempre bom, forte e bonito, passando a representar o nosso cavaleiro
medieval.

Religiosidade = Em oposição ao paganismo da escola anterior,
redescobrem-se as fontes bíblicas, principalmente as derivadas do
cristianismo.

Idealização do amor e da mulher = O amor é tido como a
essência da vida, como o sentido de tudo e conseqüentemente, a
mulher, objeto do amor romântico, é divinizada, cultuada. Ela era
misteriosa, pura – a virgindade era muito valorizada, quase toda heroína
romântica era virgem. Mas apesar desse caráter angelical, alguns textos
românticos apresentam muito sensualismo.
Não se esqueça que: o Romantismo foi o movimento literário
responsável por uma subjetividade extrema, jamais vista em toda a arte
ocidental.


– EXERCÍCIOS

1) (UFV-MG) Assinale a alternativa falsa.
a) O Romantismo, como estilo, não é modelado pela individualidade do
autor; a forma predomina sempre sobre o conteúdo.
b) O Romantismo é um movimento de expressão universal, inspirado
nos modelos medievais e unificado pela prevalência de características
comuns a todos os escritores da época.
c) O Romantismo, como Estilo de Época, consistiu, basicamente num
fenômeno estético-literário, desenvolvido em oposição ao
intelectualismo e à tradição racionalista e clássica do século XVIII.
d) O Romantismo, ou melhor, o espírito romântico, pode ser sintetizado
numa única qualidade: a imaginação. Pode-se creditar à imaginação
a capacidade extraordinária dos românticos de criarem mundos
imaginários.
e) O Romantismo caracterizou-se por um complexo de características
como o subjetivismo, o ilogismo, o senso de mistério, o exagero, o
culto da natureza e o escapismo.

2) (FEI-SP) Quais as características românticas que se opõem,
respectivamente, às seguintes características clássicas: objetivismo,
linguagem erudita, paganismo, uso da razão?


3) (UNIP-SP) Assinale a alternativa não-aplicável à poesia romântica;
a) O artista goza de liberdade na metrificação e na distribuição rítmica.
b) O importante é o culto da forma, a arte pela arte.
c) A poesia é primordialmente pessoal, intimista e amorosa.
d) Enfatiza-se a auto-expressão, o subjetivismo, o individualismo.
e) A linguagem do poeta é a mesma do povo: simples, espontânea.

4) (FCC)

“O mundo é uma mentira, a glória – fumo,
A morte – um beijo, e esta vida um sonho
Pesado ou doce, que s’esvai na campa!”

O texto acima contém uma idéia que é comum a muitos poetas
românticos. Aponte a alternativa que explicita:

a) A vida subjetiva e o sonho é que mais se identificam com a verdade;
o mundo real “é uma mentira”.
b) A vida interior “sonho pesado ou doce”, a mais rica de todas, permite
iludir o medo da morte.
c) A morte, “sonho (...) que s’esvai na campa”, é a solução definitiva
para as tristezas, única herança do sonho e da vida subjetiva.
d) Resta ao homem, atrelado sempre à consciência da morte, apegar-se
quanto mais possa a prazeres efêmeros (fumo, sonho) que a vida
breve lhe proporciona.
e) A morte é o beijo que continuamente ameaça e, não raro, destrói a
felicidade que lhe dá origem.


5) (FMU-FIAM-FAAM-SP) O homem de todas as épocas se preocupa
com a natureza. Cada período a vê de modo particular. No Romantismo,
a natureza aparece como:

a) Um cenário cientificamente estudado pelo homem: a natureza é mais
importante que o elemento humano.
b) Um cenário estático, indiferente; só o homem se projeta em busca de
sua realização.
c) Um cenário sem importância nenhuma; é apenas um pano de fundo
para as emoções humanas.
d) Confidente do poeta, que compartilha seus sentimentos com a
paisagem; a natureza se modifica de acordo com o estado emocional
do poeta.
e) É um cenário idealizado onde todos são felizes e os poetas são
pastores.



Postar a resposta no  comentário.
Ex: Wagner Henrique e Juliana 2ºA 
Respostas:



1- R: a

2- R: Subjetivismo; linguagem mais simples e livre, sem preocupação com a forma;
negação do princípio da imitação dos modelos greco-romanos; predomínio de
emoções, anseios e sentimentos.

3- R: b
4- R: d
5- R: d

AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS NO BRASIL


LITERATURA

I - CONTEXTO HISTÓRICO

O Romantismo brasileiro é a estética literária que dá início à chamada Era  nacional da nossa Literatura. Veja quais os movimentos que fazem parte dessa era:

ERA NACIONAL
* Romantismo

* Realismo – Naturalismo

* Parnasianismo (século XIX)

* Simbolismo

* Pré-Modernismo

* Modernismo (século XX)

 O Romantismo brasileiro tem início em 1836, com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães e da Revista Niterói, em Paris e permanece no cenário literário até 1881, quando ocorre a publicação de Memórias
Póstumas de Brás Cubas, romance realista de Machado de Assis e a publicação de O Mulato, romance naturalista de Aluísio Azevedo.
Ao contrário de Portugal que teve três momentos distintos em todos os gêneros. No Brasil, o fenômeno das gerações só ocorreu na
poesia. Veja no próximo quadro essas gerações:

AS GERAÇÕES ROMÂNTICAS GERAÇÃO TEMÁTICA

Primeira Nacionalista/Indianista

Segunda Ultra-romântica – “Mal-do-século”

Terceira Social e Libertária – “condoreira”

Na PRIMEIRA GERAÇÃO, como o próprio nome já sugere, encontramos um forte nacionalismo e uma grande aversão à influência
portuguesa (ou seja, lusofobia). Como já vimos, o nacionalismo foi uma
das principais características românticas, através dele há uma valorização da pátria, dos heróis nacionais e do passado histórico. Veja os principais autores dessa primeira geração:

Gonçalves de Magalhães

1ª GERAÇÃO
Gonçalves Dias
Enquanto Gonçalves de Magalhães é considerado o introdutor do Romantismo brasileiro, a Gonçalves Dias atribui-se a sua consolidação.
A produção literária de Gonçalves de agalhães é considerada fraca por muitos críticos, sua importância se deve ao fato de ter sido ele
o introdutor do Romantismo em terras brasileiras. É dele também o primeiro manifesto romântico sobre o Brasil, escrito na Revista Niterói.
Veja um fragmento do seu “Ensaio sobre a história da literatura brasileira”:

“Não, oh! Brasil! No meio do geral merecimento tu não deves ficar imóvel e tranqüilo, como o colono sem ambição e sem esperança. O germe da civilização, depositado em teu seio pela Europa, não tem dado ainda todos os frutos que deveria dar, vícios radicais têm tolhido o seu desenvolvimento. Tu afastaste do teu colo a mão estranha que te sufocava, respira livremente, respira e cultiva as ciências, as artes, as letras, as indústrias, e combate tudo o que entrevá-las pode.”

Veja agora um dos textos mais conhecidos essa primeira geração romântica:

Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá,
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá,
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá,
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá,
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
Gonçalves Dias é a grande figura desse primeiro momento,
trabalhou em sua vasta obra com todos os temas iniciais do
Romantismo.Veja sua imagem:
Gonçalves Dias escreveu poesias líricas fiéis às características
românticas; poesias medievais, escritas em português arcaico e poesias
nacionalistas como essa que você acabou de ver.

Mas é na descrição e exaltação da figura indígena que Gonçalves Dias se destaca, sendo considerado por muitos, o maior poeta indianista da literatura brasileira. O poema I-Juca Pirama é um dos seus textos indianistas mais famosos. “I-Juca Pirama” significa aquele que vai morrer. Este texto conta a história de um índio tupi que
iria ser sacrificado pelos timbiras, outro povo indígena, mas pensando no pai que era cego e que dele dependia implora para não morrer. Os timbiras achando-o covarde acabam por soltá-lo. Veja agora, prestando
muita atenção no ritmo, um fragmento do conhecidíssimo trecho Canto da Morte:

Canto da Morte
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros ouvi (...)
Gonçalves Dias
A SEGUNDA GERAÇÃO é também conhecida como Ultra-Romântica. Nela, as características românticas são levadas às últimas conseqüências. A angústia, a dor, o escapismo, a infância e a morte tornam-se a temática central. Daí a expressão Mal-do-século. Veja os principais autores dessa segunda geração:

Álvares de Azevedo

2ª GERAÇÃO
Casimiro de Abreu
Veja as imagens abaixo:
Álvares de Azevedo Casimiro de Abreu
Álvares de Azevedo foi o maior representante do Mal-do-século, seguido de Casimiro de Abreu. Há ainda nesse período outros autores, como Junqueira Freire e Fagundes Varela, que também levaram ao extremo as características românticas.

Contam as más línguas que os jovens poetas dessa geração, basicamente estudantes de Direito do Largo São Francisco, em São
Paulo, amavam umas festinhas. Até aí tudo normal, qual o jovem que não gosta? Mas sabe onde aconteciam essas festinhas? Nos cemitérios da cidade. Conta-se que numa dessas festas, no cemitério da Consolação, os jovens coroaram uma prostituta como a Rainha dos Mortos, com caixão e tudo mais que uma rainha tinha direito, mas no final da festa, qual não foi a surpresa dos jovens? A pobre infeliz realmente tinha morrido de tanto medo. Coincidência ou não, todos os autores mais significativos desse período morreram antes dos 24 anos de idade.Brincadeiras à parte, veja agora um dos textos mais
conhecidos dessa segunda geração romântica:
Se eu morresse amanhã  
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro,
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã! (...)
Álvares de Azevedo
Casimiro de Abreu é outro importante autor desse momento. Em sua obra destacaram-se o pessimismo característico do mal-do-século e
o saudosismo, não só da terra da terra natal, mas também da infância.
Foi um dos poetas mais populares do Romantismo, principalmente pela
linguagem fácil e pelo lirismo ingênuo de seus poemas.Veja um
fragmento de seu texto mais famoso:
Meus oito anos
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais! (...)
Casimiro de Abreu.

E para concluirmos temos a TERCEIRA GERAÇÃO ROMÂNTICA,marcada pelo aprofundamento do espírito nacionalista, do liberalismo e
da poesia social e libertária. Esse período era também chamado de condoreiro. E de onde vem essa palavra?

O condor é uma ave que consegue voar acima da Cordilheira dos Andes, assim como eram os ideais dessa geração. Os poetas condoreiros tinham ideais tão elevados que, semelhantes ao vôo da ave, podiam alcançar grandes alturas.
O grande poeta desse período é Castro Alves, que tinha como temas principais: a escravidão, a república e o amor erótico. Veja


Por sua poesia abolicionista, de denúncia das injustiças e repudio pela escravatura,
Castro Alves até hoje é conhecido como o poeta dos escravos.
Veja um fragmento de um de seus textos mais famosos:

O Navio Negreiro
‘Stamos em pleno mar...Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias
Constelações do líquido tesouro (...)
Era um sonho dantesco...O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros...estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras, moças...nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs(...)
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo...
Andrada! arranca este pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta de teus mares!
Castro Alves

Não se esqueça de que: o Romantismo, em nosso país, foi o movimento responsável pela manifestação de uma literatura genuinamente brasileira.


– EXERCÍCIOS

1) (MACKENZIE) Poemas como “I – Juca Pirama”, “Canto do Piaga” e “Marabá” sã representativos de certo momento da literatura Brasileira.

Trata-se:
a) Da poesia épica árcade;
b) Da primeira geração romântica;
c) Da terceira geração romântica
d) Da primeira geração modernista;
e) Da segunda geração romântica.


As questões que se seguem tomam por base os versos abaixo:

Oh! Eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh’ alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n’ amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma ...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida ...
_ Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.

2) (PUCCAMP) Nesses versos de Castro Alves estão presentes as seguintes características da poesia romântica:
a) O sentimento nacionalista, a exaltação da paisagem tropical e a versificação com metros variados.
b) A defesa da causa abolicionista, o fascínio pelos largos espaços
naturais e a preferência por versos brancos.
c) A repulsa pelo amor carnal, o recolhimento em ambientes intimistas
e uma linguagem bastante coloquial.
d) A consagração do amor na morte, o apego aos cenários noturnos e o
culto de símbolos do Cristianismo.
e) O conflito entre os anseios e o destino, a idealização da natureza e a
variação de tons emotivos na linguagem.

3) (FUVEST) Nesta estrofe de “Mocidade e Morte”, de Castro Alves, reúnem-se, como numa espécie de súmula, vários dos temas e aspectos mais característicos de sua poesia.
São eles:

a) Identificação com a natureza, condoreirismo, erotismo franco,exotismo.
b) Aspiração de amor e morte, sensualismo, exotismo.
c) Sensualismo, aspiração de absoluto, nacionalismo, orientalismo.
d) Personificação da natureza, hipérboles, sensualismo velado,exotismo.
e) Aspiração de amor e morte, condoreirismo, hipérboles,orientalismo.

4) (FARO)

Valente na guerra
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais como eu dou?
_ Guerreiros, ouvi-me;
_ Quem há, como eu sou?
A estrofe transcrita faz parte do poema “O Canto do Guerreiro”, de Gonçalves Dias. 

Tendo-se em vista o indianismo romântico:

a) Pode-se considerar a estrofe como expressão verdadeira da
realidade indígena.
b) Pode-se considerar a estrofe como uma imagem idealizada do índio.
c) Pode-se considerar a estrofe como uma verdadeira expressão épica do condoreirismo.
d) Pode-se considerar a estrofe como uma falsa imagem do índio,típica do misticismo.
e) Pode-se considerar a estrofe como uma imagem do índio típico daqueles que seguiam a filosofia epicurista.

CRÉDITOS:PROFª Edna Prado



Postar a resposta no  comentário.
Ex: Wagner Henrique e Juliana 2ºA 

Resposta:
1- R: b
2- R: e 
3- R: a
4- R: b